Efeitos e metabolismo do Álcool

Os efeitos do álcool no organismo variam de acordo com o tipo de bebida ingerida, organismo do consumidor e constância de consumo. Os efeitos são os mais variados, desde um simples mal-estar até a falência múltipla dos órgãos e morte. A mistura de bebidas – fermentadas com destiladas – contribui para potencializar os efeitos do álcool.


O consumo do álcool causa, em um primeiro momento, euforia, desinibição e sociabilidade. Conforme aumenta a dose, os efeitos passam ser mais depressivos, causando falta de coordenação motora, diminuição sensitiva, descontrole, sono e até uma espécie de coma, denominado coma alcóolico. O álcool pode deixar também o consumidor com o rosto vermelho, causar dor de cabeça, dificuldade de falar e mal-estar seguido de vômito.


O consumo contínuo de álcool traz conseqüências graves, como doenças em todos os órgãos do corpo humano, em especial o estômago, o fígado, o coração e o cérebro.



Quando o álcool é consumido, ele passa do estômago e intestinos para o sangue, num processo designado por absorção.A maior parte do álcool consumido é metabolizado no fígado, mas uma pequena quantidade que fica por metabolizar permite que a concentração de álcool seja medida pela respiração e urina.


O fígado pode metabolizar apenas uma certa quantidade de álcool por hora, independentemente da quantidade que tenha sido consumida. A velocidade com que o álcool é metabolizado depende, em parte, da quantidade de enzimas metabolizantes do fígado, que varia entre os indivíduos e parece possuir determinantes genéticos. Em geral, após o consumo de uma bebida-padrão*, a quantidade de álcool no sangue do consumidor (concentração de álcool no sangue, ou BAC) atinge o seu auge ao fim de 30 a 45 minutos.




 


Reação Bifásica do álcool

Reação Bifásica é um termo que determina as duas fases da resposta do organismo à ingestão alcoólica, conforme demonstrado no Gráfico abaixo . Na primeira fase, são sentidos os efeitos prazerosos do álcool até o "ponto de virada" onde iniciam-se as sensações ruins. Quando há desenvolvimento de tolerância a passagem para a segunda fase acontece em um tempo menor. O aumento da ingestão de bebida levará a uma diminuição dos efeitos de euforia e a um aumento dos efeitos depressivos.

Pode-se observar no referido gráfico o "mito cultural sobre o álcool": quanto mais se bebe mais prazer se obtém.

Apesar do álcool parecer estimulante em suas doses iniciais, ele é sempre depressor. As primeiras doses inibem a crítica (superego), a capacidade de julgamento, fazendo com que o bebedor se sinta mais livre para falar o que desejar. Segundo Valentin Gentil Filho, apud Tiba: "o álcool em baixas doses deprime o sistema reticular, liberando o córtex e promovendo euforia e desinibição comportamental". Com o aumento das doses, passa a deprimir cada vez mais o Sistema Nervoso Central, podendo levar à morte.